quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Carlos Reichenbach

                     

 Carlos Reichenbach


Carlos Oscar Reichenbach Filho nasceu em Porto Alegre, em 14 de junho de 1945. Paulistano desde que aprendeu a andar, Carlão, como é conhecido no meio cinematográfico, foi um dos diretores mais expressivos do Cinema Marginal paulista em meados da década de 60, movimento também conhecido como Boca do Lixo ou "udigrudi", termo cunhado por Gláuber Rocha.

Espécie de dissidência do altamente politizado Cinema Novo, o "Cinema da Boca" sonhava com espaço para experimentação em produções de baixo custo que tivessem apelo popular e espelhassem a realidade do País, refutando as regras de produção e distribuição nos circuitos comerciais.

                                  
Primeiro Curso
Descendente de uma família de gráficos e editores, Carlos  integrou o primeiro curso de cinema de nível universitário no Brasil, a Escola Superior de Cinema São Luiz, o primeiro foco do cinema marginal em São Paulo, cidade que eternizou em diversos longas. Teve como mestres Roberto Santos, Anatol Rosenfeld, Paulo Emílio Salles Gomes, Mário Chamie, Décio Pignatari, e sobretudo, Luiz Sérgio Person, responsável pelo seu interesse em dirigir filmes.

A escola reunia o meio cinematográfico emergente de São Paulo, entre alunos, como João Callegaro, Ana Carolina, Paulo Rufino, e uma inquieta população flutuante, como Rogério Sganzerla, Jairo Ferreira, José Mojica Marins, Ozualdo Candeias, Fauzi Mansur, entre outros.

        Xanadú Produções Cinematográficas                                

Abandonou a São Luís com joão e fundou, juntamente com o crítico mineiro Antonio Lima, a Xanadú Produções Cinematográficas, o berço do "cinema cafajeste", que encontra seu ápice em As Libertinas e O Bandido Da Luz Vermelha. Em 1971, Carlos torna-se sócio-gerente da Jota Filmes, produtora de filmes publicitários em São Paulo, onde escreveu, produziu, dirigiu e fotografou mais de 150 comerciais e filmes institucionais durante quatro anos.

                                     
cenário nacional
Quando estava se preparando para uma agradável carreira de yuppie, Reichenbach jogou tudo para o alto para apostar na atividade de mais alto risco no cenário nacional: o cinema autoral. Produziu, escreveu, dirigiu, fez a fotografia e a trilha sonora de Lilian M., Relatório Confidencial (74), utilizando as sucatas dos cenários de sua empresa. Nessa trilha, Reichenbach escreveu e dirigiu cinco curtas-metragens, quatro episódios em longas e 12 longas metragens, acumulando diversos prêmios no Brasil e exterior.

Divide a atividade cinematográfica com as funções de crítico e ensaísta em diversas publicações, além de participar de cursos e palestras sobre o filme brasileiro no Brasil e exterior. Durante quatro anos, também lecionou como titular da cadeira de direção cinematográfica do curso de cinema e vídeo da Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo.

Cineasta, roteirista, professor, fotógrafo, crítico e ensaísta, mas principalmente um autor sintonizado com a realidade caótica de seu tempo, Reichenbach desenvolveu uma obra inconfundível, onde se destacam o já referido Lilian M. (1974), Amor, Palavra Prostituta (1981), O Império do Desejo (1980), Filme Demência (1985) , Anjos do Arrabalde (1987), e Alma Corsária ( 1994). Atualmente, divide a função de sócio-gerente na
Dezenove Som e Imagens Produções com a produtora Sara Silveira. Em agosto, lançou no 27º Festival de Gramado seu 12º longa, Dois Córregos, uma reflexão sobre a herança deixada pelos anos de chumbo da política brasileira, com Beth Goulart, Carlos Alberto Ricelli e Ingra Liberato.

Filmografia
2007 - Falsa Loura
1994 - Olhar e Sensação (curta-metragem)
1990 - City Life'(episódio: Desordem em Progresso)
1982 - As Safadas (episódio: A Rainha do Fliperama)
1980 - Sangue Corsário (curta-metragem)
1980 - Sonhos de Vida (curta-metragem)
1977 - Sede de Amar
1973 - O Guru e os Guris (produtor e diretor de fotografia)
1970 - Audácia (episódio: A Badaladíssima dos Trópicos X os Picaretas do Sexo)
1968 - As Libertinas (episódio: Alice)
1967 - Esta Rua Tão Augusta (curta-metragem)

Morte
O roteirista e produtor Carlos Reichenbach sofreu uma parada cardíaca a caminho do hospital, por causas ainda não divulgadas. Faleceu no mesmo dia em que completava 67 anos.
Sites:
www.redebrasilatual.com

http://www.terra.com.br/cinema/opiniao/biografia.htm

Nomes:                                         n°:                          Pesquisou:
Aline                                            01                                imagens e filmografia
Ariane                                        02                                morte
Bruno                                         03                                Xanadú Produções Cinematográficas
João Vitor                                                                      Primeiro Curso
Joyce                                                                              cenário nacional
Samuel                                      31                                 vida
Valeria                                       32                                vídeo
Vitor                                          33                                 filmes

Nenhum comentário:

Postar um comentário